Copa do Mundo de Hipismo

Conjunto brasileiro de hipismo tenta última cartada para disputar final ...

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Gazeta Esportiva

LAS VEGAS (EUA) - Único conjunto brasileiro classificado para a disputa da final da Copa do Mundo de Hipismo, Vitor Alves Teixeira e o cavalo Yuri Itapuã tentam a última cartada para disputar a competição que será realizada em Las Vegas entre os dias 15 e 19 de abril. Além da falta de recursos, os representantes do País precisam resolver problemas burocráticos envolvendo a entrada do animal nos Estados Unidos.

Os norte-americanos não permitem a entrada em seu território de cavalos com piroplasmose, caso de Yuri. No continente europeu, no entanto, não há restrição. Para a realização da final da Copa do Mundo, os Estados Unidos abriram uma exceção. Desta forma, animais com a doença poderão entrar no país, desde que estejam no voo fretado que sai de Liége (Bélgica) com destino a Las Vegas.

Assim, Yuri Itapuã poderia viajar para a Europa e se juntar aos demais cavalos inscritos na final da Copa do Mundo. Contudo, o continente impôs restrições para receber animais do Brasil após a ocorrência de um caso de mormo em São Paulo. A situação no estado já está normalizada, mas as autoridades ainda não restabeleceram os antigos padrões.

Em um ofício dirigido às autoridades do europeias, os brasileiros tentam uma permissão especial para Yuri Itapuã. "Sabemos que é muito difícil conseguir, pois eles tratam com seriedade essas barreiras sanitárias", explicou Victor Hugo Carlos, proprietário do cavalo. Em último caso, ele propõe que o animal não saia do aeroporto e passe do voo vindo do Brasil direto para o avião que segue para Las Vegas.

Exames apontaram que Yuri Itapuã era portador de piroplasmose. Apesar de ter feito tratamento e estar em condições de entrar nos Estados Unidos, o animal deve ficar isolado durante sete dias ao chegar ao país, sem receber qualquer tipo de medicação. Neste período, a doença pode voltar. "Se isso acontecer, seremos obrigados a voltar ao Brasil", explicou Victor Hugo.

De acordo com o proprietário de Yuri, a situação complexa a poucos dias do início do torneio é conseqüência da falta de apoio financeiro e logístico para disputar a competição. "Por que a situação chegou a esse ponto? Não tive patrocínio para poder ficar com o cavalo mais tempo nos Estados Unidos e fui descobrindo sozinho os detalhes técnicos. O descaso é geral", reclamou o dono do animal.

Pela programação inicial, Victor Hugo pretendia tratar o cavalo no Brasil, entrar nos Estados Unidos com tempo para esperar o animal se recuperar do tratamento e disputar a final da Copa do Mundo. No entanto, caso consiga um parecer favorável para transportar o cavalo à Europa, ele não pretende abrir mão da disputa. "Faço o que for, mas vamos", promete.

Outro lado - Em entrevista à GE.Net na semana passada, Vitor Alves Teixeira reclamou da falta de incentivo para disputar a final da Copa do Mundo. Em uma nota publicada no site oficial da Federação Paulista de Hipismo (FPH) na última quinta-feira, além de explicar a situação de Yuri Itapuã, o mesmo cavaleiro "agradece todo o apoio recebido" e promete continuar "buscando aprimorar o conjunto para futuras competições".

Em resposta à matéria "Sem dinheiro, conjunto brasileiro pode desistir da final da Copa do Mundo", publicada pela GE.Net na última quinta-feira, a assessoria de imprensa da Federação Paulista de Hipismo afirmou que o problema enfrentado pelo conjunto formado por Vitor Alves Teixeira e Yuri Itapuã não é financeiro, mas sim clínico.

"O Luiz Roberto Giugni (CBH) estava fornecendo a passagem e isenção de taxas, o que já contesta a afirmação da falta de apoio da entidade. A FPH nem pode se manifestar por uma razão simples: o problema não é financeiro, mas de falta de exames obrigatórios para a entrada do animal nos Estados Unidos. É muito fácil não se preparar corretamente e culpar as entidades", diz a assessoria da FPH.
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